quinta-feira, julho 02, 2009

- How can we say goodbye?
- Just like we said hello...

The Last Emperor

sexta-feira, junho 26, 2009

Popgold

Toda a gente já sabe que não sou fã de Portugal, mas sempre vamos mantendo aqueles nossos habitos tradicionais que dão alguma (pouca) sensação de "ao menos isto nao muda para pior", ou será como dizia o meu amigo Woody Allen, "Tradição é a ilusão de permanência".
Seja como for supostamente mantemos os good old habits.
Bacaulhauzito assim, assado, cozido e grelhado,cozido, dobrada ( e coisas nojentas do gênero), sardines, améjoa, arrozito de polvo etc.
Mas não.
Lá estamos nós a deixar-nos levar pelas outras culturas, não de acordo com as boas e evoluidas, tipo acabar com as touradas, mas pelas más, tipo Americanização em massa.
Tudo gordo que nem um texugo, as crianças cada vez mais novas obesas, fast food em todo o lado.
Enfardar Big Mac´s em cinco minutos, mas com CocaCola light para não engordar é o pão nosso de cada dia.
Homens e mulheres que não conseguem ver os pés e não poem os ditos no ginásio embora estejam inscritos no Clube Sete ou no Holmes há anos para poderem falar nisso.
Eu não sou assim.
Gosto de comer comida comida e tenho de comer muito devagar. Demoro uma hora e meia a jantar ou mais.
Mas, a questão é que fui ao cinema e resolvi comer umas pipocas.
Apeteceu-me um small treat...
Pedi um pacote pequeno..sim porque no meu tempo, ou seja há um mês e tal, havia pacotes.
- Não há pacotes..
- Então?
- Só há baldes
- Baldes???de lavar o chão?
- Baldes...
- Ok..então dê-me um balde pequeno

Heis senão quando vejo que o balde pequeno tem - em contagem rápida de Rain Man -
5693 pipocas.

- Não tem mais pequeno??
- Este é o mais pequeno...
- Mas eu quero comer 50 pipocas e não 5693, ou o filme é a trilogia do LOTR toda junta?
- É o que há
- Ok... e uma Fanta pequena..ou um balde de Fanta sff.
- São 9,54€
- Só?????'!
Não sabia que eramos Americanos ricos e obesos, mas agora já sei.

terça-feira, junho 23, 2009

Free will, its a Bitch hum?

A propósito do último post, em que fiquei conotada como ressabiada com a vida, coisa que nao sou e nunca serei, há pontos a por nos i.

Para já, adoro viver. Sou fã da vida, de todas as coisas boas que podemos vivenciar, sentir, comer, cheirar, interiorizar. Sou uma apreciadora de tudo o que é bom e tudo o que sabe bem. Não sei se sou madura ou não, nem se quero ou vou sê-lo alguma vez.

Tenho alguma experiência de vida e pode-se dizer que começei cedo a ter que fazer escolhas significativas para o desenrolar do meu historial.

Mas a experiencia é uma coisa, a maturidade é outra. É bom ter experiencia de vida. É bom saber distinguir as coisas. Saber afungentar os palhaços tristes que empobrecem as nossas vidas. Saber que não, não vamos morrer de amor. Saber que amigos há poucos e que a familia é que nos ama incondicionalmente, independentemente de todos os nossos ataques de histeria e loucura.

Basicamente saber que quase todos os provérbios estão certos.

A experiência dá-nos poder.

Poder de controlar a vida.

A questão é que a maior parte das pessoas não quer controlar a sua vida.

Quer ser controlado e gerido por esta. Pelo trabalho, pelo frenesim do "não há tempo para nada", pela rotina dos filhos, pela acomodação. E ainda bem que assim é para muita gente, senão davam de facto um tiro na cabeça, mas é óbvio que às vezes há que fazer um shut down, uma avaliação do que se passa afinal.

Eu gosto de fazer esse reset.

Só que não é fácil. É díficil, e sobretudo muito desgastante ser-se realista.

A vida não é um mar de rosas, it has its moments, than you die.

Mas quando somos mais novos há menos issues para resolver. Daí a maturidade ou a idade adulta ser chata. "Temos" que agir em conformidade com os padrões de uma sociedade decadente, materialista, falsa, hipócrita e pouco higiénica - um aparte que me toca pessoalmente.

A experiência dá-nos então esse poder de fazer o que queremos. Para quem se sente livre para fazer mesmo o que quer é um pau de dois bicos. É como por doces nas mãos de uma criança e dizer-lhe para não os comer e depois dizer-lhe para comer brócolos que é muito melhor.

É tudo uma grande contradição. Essa contradição que me faz pensar. E nao me importo de pensar. Posso ler Nietzsche à vontade ou não ler nada que a motivaçao é a mesma. É genético.

Parar para pensar no infinito da morte não é agradável para ninguém a não ser para mim e para o Woody Allen.

É essa consciência que fazem de nós freaks desajustados.

Aqueles que pensam no impensável.

Esse pensamento advém da experiencia e não da maturidade. Tenho a certeza que o Woody já pensava nisso em criança tal como eu.

Como tal vou continuar a pensar e a por tudo em causa até o meu corpo se cansar e dar umas férias ao meu cérebro de preferencia no Brasil dos cérebros.

Daqui a uns vinte anos portanto, estarei safa do cogito. Esse mexicano chato como tudo.

quinta-feira, junho 18, 2009

Mature and all that crap!

Crescer é uma merda. Ser maduro é uma merda.
Só quando se é maduro, se é que se pode afirmar tal coisa, é que se percebe que a fase "adulta" é uma merda. A maturidade. Uma palavra cheia de bagagem com peso a mais.
A naõ ser para aqueles que já nascem velhos e adoram ser senhorzinhos com os seus filhinhos e os seus programinhas fora no fds no monovolume de dia e "programinhas" de Putas ou amantes à noite.
Tudo o que parecia bright and shinning na infancia dissolve-se em desilusões, preocupações, stress, doenças, desavenças, dor, morte. Todos os factores maus e terriveis aparecem e dissipam rapidamente a alegria de viver.
E não há hipotese de fugir. Por mais positivos e entusiastas que sejamos, há sempre algo ou alguém que nos consegue dobrar, quebrar, fragilizar. A vida é traiçoeira ingrata e manipuladora. E não vale a pena entregar a alma porque não tem retorno. Não há vale nem crédito que valha nada do que se tenha feito. Nada.
Há sempre uma má notícia ao virar da esquina numa terça feira à tarde, quando menos esperamos.
Não há fuga. Faz parte.
Ninguém quer sofrer, ninguém quer chorar, ninguém quer estar doente.
But thats life! Get over it!
Só que em crianças eramos como animais que não têm a noção da sua curta existência.
Viviamos em plenitude. Qualquer disparate por mais nonsense que fosse era o delirio total.
Não tenho nostalgia do passado e tive uma infancia muito feliz, talvez tenha apenas saudades de ver a minha mãe e pai mais novos e saudáveis, mas também não gosto de ser madura, se é que o sou. O presente é chato, enfadonho, mal encarado. Foi como se me tivessem retirado as entranhas e só ficou a carcaça a funcionar confortably numb.
E nunca gostei de fruta madura. É mole, farinhenta, nao tem sumo e sabe a mofo.
Gosto e quero não ser madura.
Quero gritar com as pessoas, dizer-lhes a verdade na cara, mandar os vizinhos à merda, dizer palavrões no carro, viver no mundo real nao politicamente correcto, mesmo quando o mundo real me anda a foder a vida à grande.
Infelizmente ou não, são essas más notícias de terça feira que nos fazem repensar, reavaliar, ter a noção que esta viagem é curta, muito curta mesmo e que quem não estiver no mesmo barco e no mesmo nível vai parar à prancha e vai borda fora.

sexta-feira, fevereiro 27, 2009

If you dont mind...

...I would like to be left alone with
My thoughts
My life
My silence
My problems
My space
My noises
My solitude
My heart
My dreams
My brain
My floor
My smile
My pilow
My vision
My sun
My tears
My music
Myself

quarta-feira, janeiro 21, 2009

I Want to be a Man

Não, não vou mudar de sexo, mas estou revoltada com a condição feminina, ou as mil e uma más ou terriveis condições femininas. A discrepancia entre os genres é tao brutal que me anda e bulir com os nervos, não fosse eu mulher.
Isto apenas em termos fisicos. Se falasse da parte sociocultural seria o maior post de sempre.
Ser mulher é uma chatice. Uma grande chatice. Deviamos ser mulher metade da nossa vida e homem a outra. Dividir o mal pelas aldeias.
Uma mulher é uma never ending story.
Estão sempre a acontecer fenómenos e encontros imediatos do terceiro grau nas nossas entranhas.
Começam na puberdade, quando caí uma avalanche de issues non stop.
Hormonas para cá, sangue para lá, enxaquecas, borbulhas, depilações, dores aqui, dores ali, variações de humor que nos tornam semi-loucas. Toda uma parafernália de acontecimentos que temos de aguentar como se nada fosse, com um sorriso nos lábios, enquanto os peitos inchados nos doem como o caraças.
Cada mês há novidades, é um blockbuster interior. Sempre em movimento.
Depois, eventualmente, vem a parte da gravidez e do parto. Meses de inchaços, azia, nauseas, vómitos, kilos e kilos a mais, ansias, angustias intermináveis.
Uma espécie de ressaca aguda que acaba com algumas horas de dor alucinante e um bébé aos gritos. Um verdadeiro milagre.
Do pós parto nem vou falar. É a fase mais primitiva que qualquer mulher pode passar. Não deveria ser vista por ninguém durante tres ou quatro meses.
A partir do momento em que jorra leite dos mamilos no duche, qual Fontana di Trevi, no comments.
No entanto tem que suportar visita atrás de visita, mais uma vez agindo simpáticamente, como se nada fosse, enquanto se sente uma vaca leiteira.
E tudo isto para mim foi até muito bonito (talvez duas décadas depois), e tenho saudades do dia em que a minha filha nasceu.
Depois dos vinte ou mais anos a criar os filhos, quando viria a parte boa, vem a menopausa. Claro. Só podia. Acaba se a fertilidade e em vez de poder dar umas quecas à vontadex, sem ter que ter merdas de aparelhos enfiados até ao tutano ou ter que tomar hormonas, ou ter sexo com látex, não, acaba-se a líbido.
Vontade zero! Great! Junta-se farinha, ovos e mais uns afrontamentos e sei lá mais o quê, porque ainda nao cheguei lá.
Basicamente temos tudo. Tudo o que é chato. Doloroso. Penoso a nível fisico e psicológico.
Ser homem é que é. É básico. É apenas existir.
Nascer, comer, crescer, jogar e ver a bola, comer, arranjar muitas miudas para ter sexo, ver a bola, eventualmente casar com a melhorzita que houver, ver a bola, comer, trabalhar, ver a bola, ter bastante sexo (com a mulher ou outras), comer, trabalhar mais um bocado, ver a bola, "ter" muitos filhos e morrer, provavelmente a ver a bola.
E, no entanto, estes senhores imberbes de cinquenta anos, que jogam futebol na praia até morrerem, governam o mundo.

London in my Dreams


quinta-feira, janeiro 15, 2009


sexta-feira, janeiro 02, 2009

Happy New Life!

Este ano passei o fim de ano na cama com a famosa gripe.
Claro que não fui ao hospital. Para mim uma ida ao hospital é em caso de me sentir a morrer mesmo.
Não com uma gripe, embora esta nos possa fazer sentir a "morrer" com febre, arrepios, dores etc. Ou a morrer de tédio por não sair de casa desde dia 25, o que me faz slipping slowly into madness.
Na altura da dita viragem do ano, a única coisa que mexeu às 00h00, foi o meu dedo que pôs a TV na pausa para ouvir o fogo de artificio durante tres segundos. Não, dois.
Posto isso, continuei a ver uma série qualquer cómica como se nada fosse.
Não me pus em cima de nenhuma cadeira, não bebi Moet, não brindei (detesto brindes), nem comi passas - isso aliás nunca o fiz porque nao gosto de passas e objectivamente não dá tempo de comer doze em doze segundos- não pedi nada, não pensei em nada.
Borrifei-me, simplesmente.
Não é que goste de passar o fds na cama - a não ser noutras circunstancias mais agradáveis -, mas há imensa coisa no virar do ano que me irrita.
A obrigaçao de sair e festejar uma coisa que não é nada e que já passou há horas noutros países. E toda a gente tem de estar animada e sorridente.
É mesmo para quem não costuma sair nunca, ter uma desculpa para fingir que até é um gajo divertido e tal.
É a noite onde saem as pessoas que eu não quero encontrar o resto do ano.
A hora também é um factor estúpido.
Meia-noite? Não dá jeito nenhum.
Ainda se está a meio do jantar já se tem que enfardar a comida a correr, para "apanhar" a meia noite...
No way!
Ainda se fosse às tres da manhã, ainda vá que não vá, agora à meia-noite, nop thanks.
As festas.
Péssimas.
As únicas vezes que me lembro de me ter divertido numa passagem, foi quando foi de improviso, ou quando fiz programas normais sem "amigo Charlie" ou fila indiana, coisa que abomino.
A verdade é que o fim de ano é uma treta.
As grandes resoluções, a esperança de mudança para melhor, este ano é que vai ser. BS!
A mudança tem que estar dentro de nós. Anytime.
Querem deixar de fumar? Deixem de fumar dia 4 de Abril às 2h da tarde. Acreditem que se quiserem mesmo, funciona.
Querem mudar de vida? Mudem quando vos apetecer. Qualquer dia do ano serve.
Querem ter uma luz ao fundo do túnel? Ela está lá.
Nada acontece por milagre e é por isso que esta festa me irrita.
Porque a renovação somos nós, não é um segundo no espaço e no tempo que vai revolucionar seja o que for.
Como tal, em vez de desejar um Bom Ano, desejo uma boa vida a todos, e que comece quando o fogo de atifício rebentar na vossa cabeça.
Salvo seja.

London Girl


segunda-feira, dezembro 29, 2008

Where love resides

De vez em quando ouvimos frases que nos tocam e com as quais nos identificamos.
Esta, ultimamente, não me sai da cabeça.
É de um filme pouco conhecido, "How to build an American quilt".
É realizado por uma mulher, sobre mulheres, um bocado lamechas, mas interessante.
Já o tinha visto várias vezes, mas desta última marcou-me uma frase dita por uma mulher afroamericana de meia idade, que engravidou com quinze anos, não quis a muito custo dar a filha para adopção e dedicou-lhe toda a sua vida:
"....só então percebi que a minha vida não tinha sido destinada a viver do amor de um homem ou marido, mas sim, do amor da minha filha".
Nunca tinha pensado nesta perspectiva, como mulher, como mãe, e confesso que foi um alivio perceber que não preciso de ter nenhum homem na minha vida para me sentir completa.

quarta-feira, dezembro 17, 2008

Coisas que me poem Sick and Sick

Pessoas que tossem ou espirram para cima de mim como se nada fosse.

sexta-feira, dezembro 12, 2008

And now something completly diferent..

Peço com seriedade que me é pouco habitual, porque é Natal, e porque os animais são crianças inocentes, que vao a este link e comprem um ou dois peluches para oferecer (são girissimos), que eu a minha irmã Sofia doámos a esta instituição para ajudar a angariar dinheiro para os animais abandonados. É uma tarefa árdua e ingrata com muito poucas ajudas.

Muito obrigada, beijinhos e Bom natal para todos!
http://www.animaisderua.org/loja

quarta-feira, dezembro 10, 2008

Green and Rotten

O amor não mata, mas moí que se farta. E se, "what doesnt kill you, makes you stronger", vou ser convidada para encarnar o Hulk III.

and...more London


quinta-feira, novembro 27, 2008

Coisas que me dão vómitos III

Pessoas que dizem "Possa!" ou "Chiça!".

segunda-feira, novembro 24, 2008

London IV


quarta-feira, novembro 12, 2008

Coisas que me dão vómitos II

Egoísmo e inércia disfarçados de esquecimento ou distracção.

London III


segunda-feira, novembro 10, 2008

"Rir de tudo é coisa dos tontos, mas não rir de nada é típico dos estúpidos"

Erasmo de Roterdão

quinta-feira, novembro 06, 2008

Gerónimo!

Com que então o camarada Jerónimo de Sousa a passar à frente da plebe - diga-se convidados VIP- que estava a gelar, literalmente, ao ar livre, na mega fila da estreia do filme "Ensaio sobre a Cegueira"?
I could not believe my eyes!
Meu amigo só tenho uma frase para si.
Granda lata!
Uma pequena amostra sobre a utopia do comunismo.

London II


domingo, novembro 02, 2008

Coisas que me dão vómitos

Homens que vão à manicure.

London


segunda-feira, outubro 27, 2008

In a Galaxy far far away....


sexta-feira, outubro 24, 2008

Good Vibes nº54637364836383746483839

Ao contrário de muito boa gente que para aí anda. Esses ressabiados de merda que se alimentam da miséria alheia.
Independentemente da minha vida estar uma nódoa, digna de Silit Bang, fico sempre satisfeita de ver alguém feliz.
Vou tirar uma senha para ver se chega a minha vez.

terça-feira, outubro 21, 2008

Worldlimia

Sinto que engoli mundo e agora ando a vomita-lo aos poucos.
E sabe-me bem.

domingo, outubro 19, 2008

For someone who has nothing to complain about,I'm pretty good at it.



terça-feira, outubro 14, 2008

Let it be

Já há algum tempo que ando com vontade de escrever sobre o casamento entre Gays.
Já escrevi anteriormente o que penso sobre a adopção.
Entretanto aconteceu o que aconteceu, lamentavelmente. E confesso que fiquei algo surpreendida com o nosso Primeiro ( mais ainda se é que é possivel).
Agora...o que me preocupa mais do que o sim ou não, que inevitavelmente irá passar a sim, seja daqui a quatro ou dez anos, é a convicção que o Estado e as pessoas em geral teem de que se podem intrometer na vida dos outros como se algo desta lhes pertencesse. Não pertence.
É que o casamento Gay é equivalente a outras questões que a nínguem cabe decidir a não ser a quem diz respeito.
E como dizia uma Stand-up "Let them be miserable like everyone else that is married!".
Que raio!
Deixem as pessoas viver. Deixem as pessoas fazer o que lhes apetece. Larguem a mesquinhice que já não se aguenta.
Ou como diz o MEC "...casar é só foder? ou com quem se fode? parece.".
E quem já foi casado sabe bem que não é. Eu nem sou grande apologista do casamento, mas quem sou eu para dizer a alguém se deve ou não casar? E sem me pedirem sequer opinião.
Tal como o Estado não pode opinar sobre preferencias sexuais. Não pode.
E se fosse ao contrário? E se o mundo fosse (se calhar já o é) maioritariamente GAY e proibissem o casamento Hetero?
Gostavam?

sexta-feira, outubro 03, 2008

Against all Odds

As vezes olho para a vida de certas pessoas.
Em que tudo supostamente "bate" certo.
Tudo no seu devido tempo. Tudo conforme planeado.
Universidade, namoro, casamento, filhos. Certezas e mais certezas. Modelos sociais de felicidade.
And I wonder...
Porque tudo na minha vida foi fora de tempo. Nada nunca foi muito certo. Nem eu nunca o quis.
Talvez porque eu não tenha bem a certeza de nada. Só da morte.
Nunca tive um plano que fosse. Talvez para um mês máximo. Nunca me apeteceu pensar a longo prazo. Não gosto de longos prazos.
Até comida com logo prazo de validade me faz impressão.
Mas de facto faz algum sentido ter um plano, ter objectivos de vida.
Ou não? é melhor tudo ao calhas?
Que será será?
Não sei.
Nunca consigo olhar e perceber bem se alguém é mesmo feliz ou não.
E não deveria ser óbvio? Não deveria estar estampado na face? O rosto da felicidade?
E é algo que me perturba. Porque acho que para se ser feliz é preciso coragem e determinação estoica mas invertida pelo que o seu objectivo é emocional.
Ou então é preciso ser-se sortudo, o que é muito raro.
E não é fácil lá chegar.
A busca objectiva da felicidade faz -me lembrar um atleta de alta competição.
Anos e anos a praticar. Horas e horas de sacrificio. Tudo o resto é secundário senão indiferente. Dez anos depois, chega o derradeiro momento.
Ou é uma grande vitória ou é a desilusão total.
E depois de receber a medalha de ouro? Vive feliz para sempre?
Ou olha para trás e vê que o seu rígido percurso não lhe permitiu viver todos os bons momentos da vida a que tinha direito e que os desperdiçou por um "objectivo" e uma filosofia rígida?
Será que eu sou como aquela história do homem a guiar em contramão que pensa que estão todos a vir contra ele?
Provavelmente.

terça-feira, setembro 30, 2008

The colour of life

A minha filha nao percebeu muito bem quando lhe disse que tinha ficado deprimida por ter morrido o Paul Newman.
" A mã não o conhece de lado nenhum!"
Pois é...De facto nunca fomos apresentados. Infelizmente.
Tentei explicar-lhe que fazia parte da minha vida através dos filmes, do impacto que teve no meu imaginário durante anos a fio.
E por isso, sim, era como se o conhecesse.
Acompanhei a sua vida desde miuda. Acompanhei e acompanho ( com muita dedicação e afecto) a vida do seu eterno copincha Robert Redford.
Acompanhei a morte do seu filho. A fundação que fez em seu nome, da qual já sairam 200 milhoes de dólares para miudos deficientes.
Acompanhei ao longe, mas ao perto.
Quem ama cinema sente que conhece os seus actores preferidos.
E chora quando eles morrem.

quinta-feira, setembro 25, 2008

Shitcoms

A vida por si só torna-se cansativa e repetitiva.
Será que é preciso massacrar os desgraçados que só teem 4 canais?
Eu tenho uns cem e muitas vezes nao dá nada de jeito. Nada.
Mas não há vez que não ponha na Sic e não esteja a dar o CSI.
Alguém ainda aguenta ver mais daquilo? Alguém ainda quer saber do Horatio e da parola loura? Até o Las Vegas que é o melhor ou o sinistro NY, já não se aguenta.
Chega desta merda.
Nâo me interessa, quem fez o quê a quem e porquê..
Obsoleto!
Quanto ao LOST, por favor... e começou tão bem.
Agora é vê-los com barcos, casas, telefones e arrastam, arrastam a história ridiculamente.
Fiquem lá!
Não é o sonho de toda a gente ir morar para uma ilha?
Ainda por cima há dois ou tres gajos bastante giros. Mais do que nas minhas redondezas.
E porque é que eles nunca dão um mergulho e aproveitam para nadar, apanhar sol e descansar um bocado?
Querem voltar para o escritório é? enfim...
Outra série péssima, Desperate Housewives. Não tem ponta desde o primeiro espisódio.
Não é comédia, não é drama. Não tem substancia. Não é nada.
Só umas parvinhas enfiadas nas casas umas das outras com umas tricas dignas de alfama. Sem ofensa ao bairro lisboeta.
Já vai na quarta ou quinta season. O mundo que temos. Nice.
E para acabar, as piores de todas. House e Anatomia de Grey.
Quem é que quer ver o que se passa num hospital? Gente acamada em agonia e sofrimento.
Com um médico arrogante, idiota, a gozar sarcásticamente com a cara dos desgraçados que estao a morrer e a falar mal aos médicos etc?...great! Que giro e interessante.
Tão bom ver doenças novas. Mal posso esperar pela proxima. E o plot muda imenso de episódio para episódio.
E a Anatomia de Grey?
Com a péssima e feiosa principal enrrugada actriz, sempre com a mesma cara angustiada e o ex teenager moviestar que achava que já nao sairia da cepa torta, Patrick Dempsey, que é giro de facto, mas não tem carisma, nem graçinha nenhuma, só mesmo um sorriso giro. Bom para anuncios de pasta de dentes. E também anda por lá uma japa sempre neurótica que nunca lhe vi esboçar sequer um sorriso naquela tromba. Dramalhão fatela. Mais vale ver uma novela manhosa da TVI.
Se eu soubesse que gostavam tanto deste cenário macabro, começava a levar excursoes nas minhas recentes e frequentes idas a hospitais e ainda ganhava uns belos neuros.

sexta-feira, setembro 19, 2008

Get a LIfe!

Relativamente ao comentário à foto , queria apenas dizer que não me importo nada que critiquem este blog. Podem vir cá dizer que é uma bela merda, que eu não sei escrever, que não tem interesse zero.
Mas já agora, eu ponho as fotos para dar uma graça e uma vivacidade.
Para mostrar um pouco mais de mim, dos meus amigos, de coisas que eu acho engraçadas e porque me apetece.
Lá está, não saõ fotos artísticas nem o pretendem ser. Mas pelo menos poem uma cara nos textos.
E já agora, eu quando critico alguém, identifico-me. Portanto há que ter tomatoes ou tomatos.
E se não gostam do blog tb há uma soluçao simples.
Não venham cá. Never again ok?
Eu quando disse que tinha visto blogs pretensiosos, não fui lá chatear os ditos. Não fui lá ofender os seus textos, e muito menos anonimamente.
Capisce?

quinta-feira, setembro 11, 2008

Do not disturb!

Há tanta coisa que me intriga neste mundo assolapado de loucos.
Mas algumas cenas do quotidiano merecem um destaque pela sua profunda relevancia.
Esta é uma delas de certeza.
Porque é que as pessoas entram sem bater, numa casa de banho pública?
Ou tentam entrar forçando ligeiramente a porta, muito lançadas, mesmo com esta devidamente trancada?
Será quer algum ser com cérebro quer arriscar-se a ver outro a ............... ?
É um fetiche? Se é, o meu Brrrrrrrrrrq!
É que já me tem acontecido muitas vezes e realmente não percebo. Se calhar porque até o conceito de WC público me arrepia. Partilhar a minha intimidade mais primitiva com pessoas que nunca vi e nunca mais voltarei a ver thank god, não lembra.
O meu lema é: Um ser humano, uma casa de banho!
E se a porta está trancada não será óbvio que está lá alguem?
Não será óbvio que é um momento que não deve ser interrompido violentamente sobretudo por um estranho?
E depois lá resolvem bater timidamente, e temos numa obrigação social indigna de confirmar que, sim, está "OCUPADO!"... dah!
O que é que esta gente quer?
Cwazy Cwazy!


Cousins


blá blá blá

Sem querer parecer pretensiosa, andei a checar alguns blogues e GSUS!
Ca ganda seca! É só poesia, nostalgia e drama. Muitas máscaras.
E muito pretensiosos... Palavreado carérrimo, so so boring.
Falam e não dizem nada. Só me fazem lembrar o nosso ex lampadinha, Dr.Jorge Sampaio.
Pouco sentido de humor, pouca simplicidade. Pouca veracidade.
Eu sei que não escrevo bem, sei que nao sou uma intelectual de esquerda (antiga esquerda), mas antes assim.
Tenho ideia que este blog tem os seus momentos chatos mas que alguma coisa do que digo fará algum sentido para os dois ou tres chineses que me visitam uma vez por mês.
Seja como for, fartei-me de rir com algumas frases que li.
Vou tentar imitar um bocadinho para os meus chineses se rirem:
Gardénia
Tempo que me levou para um mundo fraterno
no desembarque do teu olhar
Naqueles dias chuvosos e inexistentes em que nos tocávamos lívidos, lancinantes e ofegantes
Sintonia de carências como uma guitarra afinada
que toca em guerra e morte
Perdidos em encontros desconcertantes,
que o tempo não apagará
despercebido no desaperto do derrame final.
Gostaram?
Preferem?
Mudo para este genre? ou mantenho-me na pasmaceira e na palhaçada?

sexta-feira, setembro 05, 2008

To Fly or not to fly

A vida é um autentico circo.
Palhaços, muitos palhaços.Ricos, pobres.
Alguns com imensa piada, outros uma cambada de tristes.
Acrobatas cheios de pericia, treinados para a frieza em todos os momentos. A verdadeira eficiencia germanica que por tudo a funcionar.
Apresentadores e entertainers. Os politicos que andam por lá apenas para distrair o público da real life.
Ajudantes apressados que andam a montar e a desmontar cenários. O proletariado sem hipotese, sem sorte e que nunca passará da cepa torta.
Contorcionistas, fundamentais para a animaçao sexual da sociedade.
Malabaristas. O maquiavel, xico esperto que consegue tudo o que quer com as suas manhas.
Mágicos. Aqueles que teem o dom do esotérico, do toque, da surpresa, de nos deixar boquiabertos.
Animais amestrados, que não poderiam faltar, para demostrar bem a crueldade, submissão e prisao que o ser humano gosta de impor a todas as criaturas puras e inocentes.
O público. Aqueles que veem a vida passar à frente dos seus olhos como meros espectadores, sem nunca querer fazer realmente parte dela.
E claro, pessoas como eu.
Trapezistas, que se atiram sem segurança,com a ilusão de voar, sem pensar ou olhar para trás, num giant leep of faith, porque com rede nao teria graça.
E depois estatelam-se e morrem, mas em grande estilo.
É por isso que odeio circo e odeio a vida.

quarta-feira, agosto 27, 2008


Citizen Kane

Se me apanho boa de saúde e com um sorriso nos lábios, preparem-se.
Nada nem ninguém me impedirão de ter tudo aquilo a que tenho direito.
E mais alguma coisa.

quarta-feira, agosto 20, 2008

Honesty....Such a lonely word

O meu amigo Billy Joel é que tinha razao, a honestidade já nao anda por aí.
Já não está a dar.
Está tão out como o look dos 80´s.
O que eu tenho penado ao longo da minha vida por ser honesta, directa e frontal só eu sei.
Dizer a verdade é talvez o mais complicado, mas o mais necessário para se ter uma relação sólida e transparente.
Não quero com isto dizer que se tenha que avisar um amigo cada vez que o seu pneu aumentar, mas se estiver a ficar obeso, talvez dar umas dicas de alimentaçao e nomes de alguns ginásios seja uma boa ideia.
Há uma diferença entre ser-se verdadeiro ou desagradável e viperino.
Quem não se preocupa tambem nunca tem nada de jeito a dizer pois nem sequer pensa nos problemas alheios.
Gosto pessoas directas. Pessoas com a grandeza de enfrentarem um possível confronto olhos nos olhos em vez de se acobardarem nas malhas falsas da sociedade.
Gosto de pensar que tenho as costas quentes no que toca aos que realmente gostam de mim como sou e com todos os defeitos que tenho, que não são poucos.
Para mim os falsos e mentirosos ficam por aqui.
Há alturas em que se deve fazer uma boa limpeza à casa e às relações. Tenho uma amiga que diz que me preocupo demasiado e que dou muitos descontos às pessoas.
Pois bem. A época de saldos acabou. E a nova colecçao Outono/Inverno 2008/09 veio mto cara. Uma verdadeira roubalheira.
Seja como for, é como diz outro amigo meu, o mundo é dos sonsos.

terça-feira, agosto 12, 2008

Remote

Se a minha vida fosse como o meu zapping, seria simplesmente perfeita.

segunda-feira, agosto 04, 2008

The dream must be long

Antes sonhadora e idealista do que acomodada e infeliz.

sexta-feira, agosto 01, 2008


quarta-feira, julho 30, 2008

Sniper

A melhor coisa que se pode fazer se se tiver muito dinheiro é sem dúvida não ter vizinhos num espaço de dez hectares.
Estou à beira de mandar uns balázios numa gentinha que me incomoda todos os dias há mais de um ano.
E um deles é um alien com uns quatro anos.
Esse puto mimadinho vai ser o primeiro a levar um tiro nos cornos.

quinta-feira, julho 17, 2008

Party Girl

Uma pessoa anda a queixar-se da vida, do mundo.
Arrasta-se dia após dia à espera sabe-se lá de quê e vive a meio gás, porque isto ou aquilo.
A vida vai passando e parece que já pouco lhe interessa.
Eis senão quando algo acontece, e vê-se entre a vida e morte.
Podia deixar-se levar. Mas não. Luta sem desistir, agarrando a mais infima chance.
Em poucos minutos pede a Deus ou seja a quem for, que lhe seja dada uma oportunidade de andar por cá mais uns tempos.
Sempre foi a última a sair das festas.
Não vai ser agora a primeira a partir.

quarta-feira, julho 09, 2008

And I Wonder....

Há alturas muito bizarras na vida das pessoas todas, ou é só na minha?

quinta-feira, junho 26, 2008

Grow Up!

A diferença entre o que se imagina que pode ou irá acontecer e o que acontece na realidade é tão brutal que acaba por ser cómico.
Ou não.
Ainda não decidi.
Mas para quem nasceu com imaginação fértil...

terça-feira, junho 24, 2008

Crazy Nuno


segunda-feira, junho 09, 2008

Never say Never

Já não consigo lidar com o que não percebo.
Já tentei. Uma, duas, dez, cem vezes.
É raro alguem me ouvir dizer isto.
Desisto.

terça-feira, junho 03, 2008

Cars & Girls

Os portugueses sao mesmo uma fraude. É só carros topo de gama em todo o lado.
Altas banheiras e jeeps novinhos em folha.
Carros carissimos sem o minimo interesse. Quem venha de fora e olhe para as nossas estradas fica com a impressao que estamos num país rico.
Tanto senhorzinho no seu carrinho muito limpinho e brilhante. Grandes exibições.
E depois, no dia a dia nao têm dinheiro para mandar cantar um cego. Vem a conta do jantar e fica tudo à rasca.
Mas vão para casa no seu pópó.
Loosers.

domingo, junho 01, 2008

I Do

O Robert casou.
Já não há mesmo esperança para mim...

terça-feira, abril 15, 2008

Amy

"Love is a losing game"

terça-feira, abril 08, 2008

Last Birthday!


quarta-feira, março 26, 2008

A Kiss is Not Just A Kiss

Sexo é bom. Não. Muito bom. Não. Óptimo. Não. Fantástico.
Mas os beijos, os beijos. Não há nada melhor do que uma longa hora de beijos.
Quem não concordar nunca foi beijado devidamente.
Aconselho largar tudo e ir já beijar alguém.

quinta-feira, março 06, 2008

Para a Xana

Aceitar a tristeza.
Aceitar a morte.
Aceitar que a vida às vezes é uma merda e não há muito a fazer.
Aceitar que não há principes encantados.
Aceitar a saudade.
Aceitar a separação.
Aceitar a solidao.
Aceitar que não vou mudar por mais que tente.
Aceitar que tenho muita sorte.
Aceitar que tudo ou nada irá mudar.
Aceitar que a felicidade não existe.
Aceitar que a vida é uma maré, cheia ou vazia.
Aceitar que o teu sorriso fará falta ao mundo.

sexta-feira, fevereiro 29, 2008


terça-feira, fevereiro 19, 2008

Flying Chickens

Eu adoro viajar. Nao para qualquer lado nem de qualquer maneira. Nao sou daquelas aventureiras que vao de mochila às costas para lugares inóspitos com a sensaçao de estar a explorar o mundo e que dormem em quartos sem tv, com baratas gigantes, sem higiene ou água quente.
Comigo nao há cá viagens sem levar secador de cabelo. Quem tem carapinha perceberá.

Mas o que eu sinto hoje em dia é que é preciso gostar muito de viajar para o fazer, porque a viagem em si é um nojo, um verdadeiro nojo. Só se aguenta porque do outro lado da barca do inferno está um pequeno éden tropical.

Entar no aeroporto é o principio de um pesadelo saido da twilight zone.
O check in tres horas antes e as suas filas intermináveis, o ter que lamber as botas à parva da hospedeira para tentar ter um lugar de jeito, que nunca há, pelo menos para mim.
Segue-se um passeio quase sempre muito ensonado pelas lojas de gravatas manhosas e cheira-se trezentos e dez perfumes até ficar com dores de cabeça.
É nesse momento que ouvimos uma voz a explicar que o voo se irá atrasar quatro horas porque sim.
E lá nos arrastamos para a sala de embarque onde começa o longo e vil convivio com os outros passageiros que infelizmente pelo factor tempo e espaço aprendemos a conhecer muito para além do desejado.

E Isto é a parte boa.

A partir do momento que se entra no aviao é a segunda guerra mundial. Eu dei por mim a andar lentamente na mangueira e a pensar nos vagoes para auschwitz .
Uma amálgama de gente desumanamente comprimida entre cheiros, bactérias, tosses e espirros, para nao falar do resto.
A histeria e avidez colectiva na chegada ao aviao, genero jogo das cadeiras como se nao fosse haver lugar para as malas e para sentar todos os passageiros. Arrumam os bagulhos com as maozinhas gordas e pensam "ganhei! já me posso sentar a arfar!".

E a comida? Como é que pessoas normais bem nutridas que nao moram debaixo da ponte se sujeitam a comer aquilo? só porque é de borla? uma refeiçao de quê, cinco euros?

Deviam era pagar a quem comesse aqueles ovos sem gema e doces pintados com canetas de feltro.

Seja de que duraçao for o voo, eu só entro na casa de banho em caso de emergencia, mesmo. Aqueles cubiculos com um cheiro nauseabundo onde nem sequer há angulo para se fazer nada e para uma descendente do H.Hughes, tocar seja no que for é morte certa.
Mas se não morrermos infectados podemos sempre ser sugados pelo autoclismo gritante genero filme de James Bond, " Now you shall die Mr.Bond ".

Para nao falar das hospedeiras ou lá como se chamam agora, que andam ali de um lado para o outro com um sorriso verde e cheias de vontade de torçer o pescoço a toda a gente, o que eu percebo perfeitamente, porque as pessoas sao umas chatas.
Como tenciono continuar a viajar bastante, há algum tempo arranjei uma soluçao para minimizar o trauma do aviao.
Entro, sento-me, como uma pastilha, leio uma revista enquanto o aviao levanta.
Mal estamos no ar enfio um stillnox pela goela abaixo, ponho uma venda, ponho uns tampoes nos ouvidos, tapo-me com duas mantas por cima da cabeça e encosto me numa almofada insuflável. Fico uma especie de burka voadora. E funciona.

Só acordo quando o aviao pousa.
Fico um bocado tonta durante umas horas porque aquilo é forte, mas é como magia. Sou teletransportada de um ponto para o outro sem ter que presenciar a decadencia do ser humano no aviário a debicar a caixa de aluminio e a pedir mais pão de plástico.

E se o aviao cair, qual mascara qual carapuça. Deixem-me mas é dormir!

sexta-feira, fevereiro 08, 2008


quarta-feira, janeiro 30, 2008

Walk the Line

Eu gosto de ser mulher. Sempre gostei. Mas há alturas da vida em que é uma merda.
Nao dá jeito nenhum. Não se pode fazer nada sozinha!
É que a sociedade pode ter evoluido, mas há coisas que nao mudam.
Um homem pode sempre fazer o que lhe apetece. Pode sair de casa, ir a um bar beber um ou trinta copos e voltar para casa sem ter que falar ou dar satisfaçoes.
Uma mulher não pode. Ou por outra, pode mas vai ter dez macacos à perna no bar, vinte macacas a olhar para ela como se fosse uma slut. Não dá.
E nao pode falar com nenhum homem só para ter uma conversa interessante, senao ele vai logo achar que ela é uma doida e que está desesperadamente à procura de marido ou outras imbecilidades.
Ou pior. Vai chegar a casa já de manha descabelada e a cambalear e receber o olhar reprovador da empregada.
Não pode ir ao cinema sozinha, sem dar o ar que ninguem lhe pega. Mas ninguem pensa que pode-lhe apetecer ir sozinha e pode-lhe apetecer que ninguem lhe pegue.
Não pode viajar sozinha para um pais tropical sem ter os dez macacos, mas verdadeiros, à perna e correr o risco de ser raptada por outros macacos e passar o resto da vida sabe-se lá onde.
Não pode jantar sozinha num restaurante sem parecer que é a velha dos gatos (que aliás é o que eu vou acabar por ser, só que de gatos e caes).
Basicamente nao pode fazer nada sem chaperon!
Isto para uma pessoa que gosta de vez em quando de estar e fazer coisas sozinha, é uma merda!

terça-feira, janeiro 29, 2008


quinta-feira, janeiro 03, 2008


quarta-feira, dezembro 19, 2007

Summer Nights


terça-feira, dezembro 11, 2007

My Little Rocky


quinta-feira, novembro 29, 2007

Smoke gets In my Eyes

Sempre acreditei na palavra instinto. Faz parte do ser humano como animal ter instintos que o guiam. Talvez o da sobrevivencia seja o mais forte em algumas pessoas e noutras a sua desgraça.
A dúvida é: qual o limite entre seguir o instinto e cair na burriçe. E eu não gosto de gente burra.
É fácil seguir o instinto, qual animal esfomeado que não vê mais nada à frente.
Mas há quem diga que tudo está predestinado - que bela seca - há quem diga que nós é que traçamos o nosso caminho, há quem diga que devemos ouvir aquela vozinha que nos fala no momento certo e que nos faz tomar decisões.
E quem é que diz à tal vozinha o que é que me deve dizer? É Deus?
I dont think so.
Sou eu.
Sou eu que falo comigo e que digo as maiores barbaridades a mim própria, baseadas no eterno feminino, em anos de "Sensibilidade e bom senso", "The end of the affair", "África minha", "Paciente Inglês", e mais dez mil filmes e livros que durante anos moldaram o meu juizo até me tornar numa seguidora de nuvens de fumo que se dissipam sem tomarem qualquer forma real e respirável.
Há quem passe fome e o seu objectivo seja ter uma refeição ao fim do dia. Há quem lute pela paz e tranquilidade no seu país. Há quem lute pela liberdade. Há quem trabalhe arduamente para sustentar filhos e ter alguma vida de jeito.
Há quem não tenha nada mais sério para lutar a não ser tornar a nuvem numa realidade.

quarta-feira, novembro 28, 2007


quarta-feira, novembro 21, 2007

Operation Crepes Suzette

Mas alguem tem saco para a Operação Triunfo? Alguem vê aquilo?
Só no outro dia é que percebi que aquela porcaria ainda existe.
Se antes era mau, agora entao meu deus. Programazinho mais pretensioso e chato não há. Ainda por cima nos dois minutos que vi os gajos desafinavam brutalmente.
Ponham o povo a ver Os Sopranos, isso sim é que é bom.

India Song


sexta-feira, novembro 02, 2007

Disappointed

I am the placebo of love.

sexta-feira, outubro 26, 2007

P & C


segunda-feira, outubro 22, 2007

Love Actually Pimba

Eu sou pró fashion. Em todos os sentidos. Roupas giras, cortes de cabelo modernos, homens com aneis, tudo bem à frente.

Mas há coisas que não sao para ser à frente, nem podem ser.

A paixão é uma delas.

A paixão é pimba.

Tem que ser pimba.

Tem que ser bem foleira para ser verdadeira.

Não há nada que seja fashion que se possa dizer quando se está apaixonado.Isso não resultaria, nao seria verdadeiro.

Nao viria da alma.

Só as coisas foleiras, clichés e frases saídas de telenovelas mexicanas é que resultam no momento da paixão.

É na merdaleja que o amor ardente se deve manter, com frases como "perco-me no teu olhar" ou "és um seguimento de mim" , "sem ti morro porque não respiro".
E o mais íncrivel é que resultam. Estas palavras resultam. Até para o mais céptico há coisas que devem fazer um clic numa zona qualquer cerebral e sao verdadeiramente boas de ouvir e estupidamente fáceis de acreditar.

É com estas maravilhas dignas de Tony Carreira que o mundo vai avançando e se fazem criançinhas chatas como paezinhos quentes.

sábado, outubro 20, 2007

Rafafa


quarta-feira, outubro 10, 2007

Darling, Fuck Off

A televisao nacional é uma tragédia.
Nada de novo.
Mas consegue sempre superar-se na mediocridade dos programas.
Agora parece que há um reality show na TVI sobre um casamento.
Mais nao sei nem quero saber. Mas vi no outro dia um bocadinho e fiquei de boca aberta com as palavras de carinho que dois namorados ou noivos trocavam:
" more ador-te more. Quero ficar contigo par toda a eternidade "
Isto dizia uma gaja enquanto chorava chorava...
Mas pronto, isto é em canal aberto, com a obrigaçao de ser tao mau que o povo tire a cabeça de misérias com a miséria dos outros.
Agora, eu costumo ver a sic mulher. Não por ser mulher, mas porque gosto da Oprah , gosto do "Everybody Loves Raymond " etc.
Mas há um programa que eu sempre odiei, que é o "Querido, mudei a casa".
É pretensioso, não mudam nada de jeito, só uma cozinha ou uma divisao de dois por dois, fazem umas decoraçoes muito manhosas e pirosas, e no fim agem como se tivessem feito grande coisa, com vendas e musica classica de fundo.
Mas o que mais me irrita, é que anda sempre para lá a directora do canal, com um pincelito na mão a fingir que pinta alguma coisa, sempre overdressed e a tratar os gajos da obra por queridos.
Uma autentica bodega de programa.
E dá há anos! e repetem aquela merda vezes sem conta.
Mas agora entao passaram-se de vez.
Estao armados em James Cameron, com o " The making of Titanic". Agora temos o prazer de ver o " Depois do Querido".
Uma espécie de revivalismo sobre a transformação marcante que o querido teve na vida desta gente que é agora muito mais feliz e que viu a sua vida transformada com a parede pintada de azul e os dois abatjours do IKEA.
Um programa criado apenas para enaltecer o ego da directora, Sofia Carvalho, que narra estes belos documentários do After querido.
Ainda se fosse o "Querido, mudei de casa", isso sim tinha piada.
Um gajo chegava a casa e tinha a casa vazia porque a mulher se tinha pirado. Isso sim já era coisa digna de se ver!
De facto ser directora de um canal e fazer programas para si propria é no minimo caricato.
Estou a imaginar o Ted Turner de pincel na mao e fazer o "Darling" na CNN...

Bad Look Number Four


quarta-feira, outubro 03, 2007

The Matrix

Tantas vezes me ponho a pensar, porque é que pensas tanto?
E passo horas e horas a pensar que penso demais.
Acho que o meu cérebro entrou em curto circuito e está em ciclo vicioso numa realidade paralela.
Talvez numa loja de chineses me arranjem solução para este problema.

Bad Look Number Three


quinta-feira, setembro 27, 2007

All Cwazy Cwazy

A minha família, como todas, (acho eu), é de loucos.É só polémicas.
No outro dia, num jantar de anos até a questão dos ovos serem biológicos deu em polémica.(Nota para min, como comprar ovos ).
Mas em geral a maior polémica é sobre cinema.
Paixão que todos partilhamos, mas que alguns mais egocentricos têm a mania que sabem mais.
Nomeadamente eu.
Tenho a mania que sei mais, que os filmes que gosto é que são bons, etc.
E tenho uma irmã que faz questão de fazer duas coisas que me bulem com os nervos:
Uma é falar dos filmes antes de os ver. Deixa-me doida.
A outra é ter a mania de sair a meio se a história ou o raio que o parta não lhe agrada.
Mas não é sair de vez em quando, é sair 50% da vezes, ou mais.
Irrita-me solenemente.
Agora a melhor dela, foi no outro dia quando lhe perguntei porque é que tinha saído mais uma vez a meio de uma comédia do Hugh Grant (de quem nao sou grande fã), me respondeu com a maior naturalidade, "Tive que sair porque estava-me a irritar toda a gente a rir imenso..."
E é com isto que eu tenho que viver.

terça-feira, setembro 25, 2007

Bad Look Number Two


sexta-feira, setembro 21, 2007

Sunshine

Estive a ver um filme sobre um eventual fim do mundo.
Poético, fatalista, angustiante.
Mas sempre que vejo este genero de coisas, sinto que, se por um lado é bom agarrarmo-nos ao que temos, também é bom não tomar nada por garantido.
É esse sentimento que arruina o potencial humano.A mania da imortalidade.
Perde-se a faisca, o limbo entre a vida e a morte.
O fio da navalha que faz sentir cada respiração.
O amor em tempo de guerra. Tudo que é realmente sentido à flor da pele porque pode acabar a qualquer momento.
E a vida é assim. Acaba como começa. Do nada. De repente. Sem aviso.
É bom ser fatalista. Saber que é melhor não esperar muito e saborear o que se tem. A cada dia.
Muito melhor do que viver agarrado a coisas que não valem nada, com ilusoes da vida dos outros, e pensamentos obsoletos.
É muito bonito imagens de velhiçe, planos de viagens de sonho, planos de não fazer nada senão ler, pintar, passear.
Tempo de qualidade.
Mas não existe tal coisa.Existe apenas tempo, tempo que passa.
Tempo que pode acabar amanha.
Planos são sonhos de algodao doce.Desaparecem rápido, sao optimos enquanto duram.
Nada é nosso, ninguém é nosso.
Cada olhar para o mar, para o céu, para a lua, para quem se ama deve ser olhado como se fosse o primeiro, pois pode ser o último.

Bad Look Number One


quarta-feira, setembro 19, 2007

Wilde Thing

Nao tenho grande saco para a mania de por citaçoes nos blogs.
Acho que é mais interessante quando se diz seja o que for - mesmo mierdas como as que ponho regularmente - vindo da massa cinzenta, ou no meu caso technicolor.
Mas, dei de caras com umas frases desse meu ídolo total, que me faz sentir completamente burra, e ainda bem, e decidi que de quando em vez tenho mesmo que deixar aqui um bocadinho do génio, brilhante, cintilante do meu amado Oscar Wilde.
"If you are not too long, I will wait here for you all my life".
Lindo.Simplesmente lindo.

quinta-feira, setembro 13, 2007

Yo Yo


quarta-feira, setembro 12, 2007

Music

No outro dia disseram-me que o Mário Soares e e o Cutileiro não gostam de musica.
Nenhum tipo de musica.
Fiquei em choque.
Como é que é possivel não gostar de musica?
Quem sao estes seres? Robots? Aliens?
Acho que se as pessoas soubessem nao tinham votado nele.
E um escultor? Onde está a inspiraçao?
Sobretudo não percebo que não se goste de todo, com tanto genero e tanta coisa boa para ouvir.
Eu não sei o que faria sem as raves no meu carro.
Sem os meus momentos musicais disfarçados de jogging a dois à hora.
Sem dançar ao som daquela malha da minha efémera juventude, seja no decadente Plateau ou na sala de dois por dois de um amigo qualquer, ou no Lux quando já é de dia lá fora.
Há dois dias que ando a ouvir Chemical Bros.
Seguido.Mas só duas musicas, "Star guitar" e "Surface to Air".
Quando me dá para ali, só ouço aquilo, again and again até esgotar.
Pareço uma maluquinha surda e pastilhada, com a musica aos berros no carro.
E estou-me borrifando.
Sabe-me tão bem.É a minha terapia.
Rios de dinheiro poupado em psicólogos.
É a companhia perfeita.Altamente recomendável para pensar na vida e não chegar à minima conclusao, mas com prazer, muito prazer.
Dr.Mário Soares, por favor ouça qualquer coisa antes de morrer.
Não digo Chemical Brothers, mas um Bach, uma Ópera, a sua marcha fúnebre, Anything!