sábado, abril 22, 2006

Musicme

Cada um tem as suas bases fundamentais de sobrevivência, coisas sem as quais não sabe, nem quer viver.
Eu, como todos, tenho os meus escapes, algo que me alimenta a alma e que me acompanha, no matter what.
Falo de música, claro.
Pode parecer demais, mas sempre fui completamente obcecada, e adoro ouvir vezes sem conta, essas notas que se recriam infinitamente.
Como tal, decidi partilhar este gosto com os meus caros leitores e criar uma coluna mais ou menos semanal, conforme a vida me permita, com sugestão, sem ordem de preferência, de musicas fundamentais e intemporais, sejam elas velhas, novas, clássicos ou edgie stuff.
Basicamente, aquelas que não se pode deixar de ouvir, pelo menos uma vez na vida, e que inspiram à criação de coisas giras e positivas em todas as facetas da vida.
Falo por mim quando digo que, um mundo sem musica é uma verdadeira mierda.
A sugestão hoje, é a fantástica e hipnotizante,
Every day a story by Fragil State.
Gostava que me fossem dando feed back sobre o que acharam.

sexta-feira, abril 21, 2006

The L Word...

terça-feira, abril 18, 2006

Electric Dreams

Já descobri porque é que gosto tanto de dormir.
No fundo é porque gosto de sonhar.
Claro que de dia também sonho imenso, sobretudo em reuniões chatas que metam muitos papeis e contas.
Aí, é só fixar um ponto na cara da pessoa e partir para outra dimensão.
É fantástico o poder da mente, a abstracção total e as viagens supersónicas a mundos de presente, passado e futuro.
Desde miúda sempre tive sonhos alucinantes, e pesadelos terríveis com requintes e pormenores de malvadez, que levaram os meus pais a marcarem umas sessoes com um psiquiatra, coisa que na altura -isto em 1980- não se fazia.
Lembro-me que ele me fez uma data de perguntas absurdas que me puseram a pensar em coisas sinistras que nunca me teriam ocorrido caso ele não falasse nisso.
Enfim, devia ser a terapia da altura.
Entretanto o desgraçado morreu ao fim de pouco tempo e coisa ficou por ali.(Não, não morreu por minha causa!)
A questão, é que continuo a ter sonhos alucinantes, com principio meio e fim, e acontecem tantas coisas que chego a acordar e pensar, porra! isto é que foi uma viagem!
Tenho para todos os gostos, bons, maus, esquisitissimos, alguns que nem acredito, gênero:
Estava eu em Amsterdao, era de noite e estavam lá colegas meus do liceu que nao vejo ha vinte anos mas com a mesma cara de criança, havia uma ponte, mas para se subir, tinha um elevador transparente com um anão, que ia até ao céu e entetanto o meu pai liga-me e pergunta-me se ja troquei os ienes e eu digo que nao e ele diz, pois porque tens que ir a Roterdao agora, e eu digo, pois mas tou sozinha e de repente ja é de dia estou a voar em cima de uma praia cheia de galinhas azuis que falam e depois mergulho e ta a Oprah, versao loura platinada, a viver debaixo de água porque agora algumas pessoas moram debaixo de água, e eu falo com ela - debaixo de água - sobre o facto do Tom Cruise andar histérico e ela pergunta-me pela minha loja e eu digo-lhe umas coisas em françês e acabamos as duas num aviaõ para ela conhecer o lux da China onde está o François Miterrand e a minha cabeleireira à nossa espera...
Isto é apenas um breve exemplo da loucura que atravesso à noite.
Claro que acaba por ser giro, mas sempre me perguntei se toda a gente seria assim, e no outro dia estava a jantar com uma amigo psicólogo, e ele disse-me que quanto mais loucos são os sonhos melhor, porque é sinal de saúde mental, e de estar a resolver questões enquanto se dorme, e que as pessoas que não se lembram dos sonhos é mau e sinal que têm recalcamentos.
Confesso que fiquei aliviada...

domingo, abril 16, 2006

Catwoman In Wonderland

quarta-feira, abril 12, 2006

Whats Love Got To Do With It?

Sempre gostei de debater relações humanas e tentar resolver alguns segredos que envolvem a eterna saga, homem versus mulher, mas confesso que ao fim de alguns anos, cada vez tenho menos certezas.
Ainda no outro dia, falava com uma amiga sobre o facto de haverem desencontros na vida que eram marcantes, género fatalidade, e de como a comunicação às vezes não funciona both ways, dando azo a mal entendidos que alteram o curso das coisas para sempre.
De facto há timings preciosos, mas o que ela se interrogava, com razão, era se estariam agora as mulheres a dar menos sinais do que antigamente, ou se os homens andariam mais preguiçosos no que concerne a fazer a corte a uma mulher e andar anos até, como antigamente, á espera até receber algum retorno - talvez mais significativo - que levasse a um eventual namoro.
Será que há demasiada oferta, e já ninguém está para se chatear e andar ali a perseguir algo que poderá ser efémero, ou já não há pessoas suficientemente fascinantes que mereçam tempo e esforço, sem ser ao fim de uma ou duas saídas e alguns sms neoromanticos?
E depois também há o factor mistério. Afinal os homens querem mulheres misteriosas e complexas ou querem evidência e frontalidade? É que já não sei que conselhos dar, eu própria acabo por me contradizer no que digo a amigas e amigos.
É o caos, no fundo o amor é o verdadeiro caos, é tudo ao calhas. Pode correr bem, pode correr mal, depende de tantos factores , que se torna numa grande lotaria.
Acertar no amor tem a mesma probablidade do que levar com um raio na cabeça, só que às vezes mais valia levarmos com um, do que andar a rebentar neurónios, a remoer o único assunto no qual não vale mesmo a pena pensar, pois nada do que se diga irá alterar o destino.

sábado, abril 08, 2006

Another Birthday...


sexta-feira, abril 07, 2006

Death to Man Kind

Como todos os bons cinéfilos, sofro de um mal que não mata mas massacra.
Cada vez que vou alugar um filme, ando pelo Blockbuster às voltas e nada, simplesmente nada.
Já vi tudo, e o que não vi foi porque não me apeteceu, portanto à partida também não me apetecerá ver em dvd, mas obviamente, que ás vezes acabo por ceder, nem que seja pela ansia que qualquer cinéfilo tem, de injectar fantasia no cérebro.
Desta vez aluguei um filme, não pela história, cujo enredo já conhecia e não gostava, mas pelo realizador,que adoro.
Trouxe o célebre KingKong.
Meu deus, que má ideia fui eu ter.
Até que a realização não é má, mas toda a história me fez lembrar porque é que tinha detestado o filme em miúda.
Sempre odiei jardins zoológicos, mesmo em criança, nunca percebi o interesse de ver animais infelizes enclausurados em condições lastimáveis.
Nunca gostei de ver o ser humano a importunar animais amestrados à força bruta e ignorante, apenas para satisfazerem criançinhas idiotas e ganharem uns tostões.
Também me lembro que o que me fazia mais impressão eram exactamente os gorilas, e orangotangos, que ficavam sentados com um ar derrotado e sem resma de esperança, a olhar de volta para mim com olhos carinhosos e tristes.
Era como ir visitar uma prisão, e ao ver o filme pensei, como é que é possível nos tempos que correm, haver um programa com uma cambada de anormais que de celebridades não têm nada, num sítio ainda pior que um Zoo, chamado circo.
Só mesmo nesta merda de terra é que alguém quer ver uma serie de verdadeiros palhaços a maltratarem animais que deviam estar em liberdade, e em vez disso estão a ser sujeitos a choques e chicotadas.
Nunca via os canais nacionais, mas agora, deixei mesmo de ver a tvi de vez, espero que façam o mesmo, pois em vez de usar o seu poder mediático e educar um povo a respeitar os seus animais, colabora alegremente com um espectáculo deprimente e medieval.
Só o ser humano pega em tudo o que é livre e bonito e o torna numa farsa cruel para entreter mentes pequenas e ávidas de sofrimento, incapazes de levantarem a voz por alguma causa.
Este país traz-me desilusão atrás de desilusão, e tenho pena de o dizer, mas é a mais pura das verdades.

quinta-feira, abril 06, 2006

CTVPbynight

terça-feira, abril 04, 2006

Beirute Express

Pronto já estou de volta à loucura, perfeitamente inserida na merdaleja outra vez, tendo apenas, flashs nostálgicos, de nadar debaixo de água ou boiar de mãos dadas em perfeita sintonia com o mundo e a natureza.
Postas de parte as minhas fraquezas e tendencias ecológicas e de Animal Lover, posso voltar á revolta pelo mundo estúpido em que vivemos, rotativamente enlouquecedor e burocrático.
Há uns tempos resolvi enviar uma coisa a uma amiga que mora no Líbano, e achei que seria algo simples e rápido, mas a verdade é que já lá vai mais de um mês e a coisa tem-se vindo a arrastar, como tudo, num país que já era.
Após várias tentativas frustradas de ir rápidamente a um sítio onde não ia há anos chamado "CORREIOS", resolvi tentar hoje uma sucursal diferente, a meio da tarde, achando (vá se lá saber como) que estaria pouca gente e o atendimento seria rápido.
Aconselho a todos uma visita a este estabelecimento no Forum Picoas que em nada pareçe de serviço público.
É uma espécie de escritório onde o cidadão tem uma cadeirinha -diga-se encarnada- para se sentar e conversar lentamente à antiga com o funcionário e trocarem telefones até se for o caso, e tudo é tratado com calma e simpatia.Uma verdadeira beleza.
É tudo lindo e limpinho só que....
NÃO FUNCIONA CARAÇAS!!!!!
As gajas são lentas como tudo!e que eu saiba a funçao dos correios é ser célere!não é dar converseta e abrigo aos cansados porra!
Tirei uma merda de senha e estive 20mns á espera até que percebi que haviam 10 milhoes de chineses à minha frente, prontos para dar á corda durante horas, e então lá me fui embora a barafustar sozinha, porque tinha mais que fazer.
Sinceramente, venham os balcões onde se está em pé à espera de levar com funcionários malcriados e malcheirosos, mas ao menos despachados, que é o que interessa.
Isto de evoluir pode ser muito giro, mas assim não funciona.
E ainda não mandei o raio da encomenda!
Se alguém for para beirute brevemente avisem-me ok?