Free will, its a Bitch hum?
A propósito do último post, em que fiquei conotada como ressabiada com a vida, coisa que nao sou e nunca serei, há pontos a por nos i.
Para já, adoro viver. Sou fã da vida, de todas as coisas boas que podemos vivenciar, sentir, comer, cheirar, interiorizar. Sou uma apreciadora de tudo o que é bom e tudo o que sabe bem. Não sei se sou madura ou não, nem se quero ou vou sê-lo alguma vez.
Tenho alguma experiência de vida e pode-se dizer que começei cedo a ter que fazer escolhas significativas para o desenrolar do meu historial.
Mas a experiencia é uma coisa, a maturidade é outra. É bom ter experiencia de vida. É bom saber distinguir as coisas. Saber afungentar os palhaços tristes que empobrecem as nossas vidas. Saber que não, não vamos morrer de amor. Saber que amigos há poucos e que a familia é que nos ama incondicionalmente, independentemente de todos os nossos ataques de histeria e loucura.
Basicamente saber que quase todos os provérbios estão certos.
A experiência dá-nos poder.
Poder de controlar a vida.
A questão é que a maior parte das pessoas não quer controlar a sua vida.
Quer ser controlado e gerido por esta. Pelo trabalho, pelo frenesim do "não há tempo para nada", pela rotina dos filhos, pela acomodação. E ainda bem que assim é para muita gente, senão davam de facto um tiro na cabeça, mas é óbvio que às vezes há que fazer um shut down, uma avaliação do que se passa afinal.
Eu gosto de fazer esse reset.
Só que não é fácil. É díficil, e sobretudo muito desgastante ser-se realista.
A vida não é um mar de rosas, it has its moments, than you die.
Mas quando somos mais novos há menos issues para resolver. Daí a maturidade ou a idade adulta ser chata. "Temos" que agir em conformidade com os padrões de uma sociedade decadente, materialista, falsa, hipócrita e pouco higiénica - um aparte que me toca pessoalmente.
A experiência dá-nos então esse poder de fazer o que queremos. Para quem se sente livre para fazer mesmo o que quer é um pau de dois bicos. É como por doces nas mãos de uma criança e dizer-lhe para não os comer e depois dizer-lhe para comer brócolos que é muito melhor.
É tudo uma grande contradição. Essa contradição que me faz pensar. E nao me importo de pensar. Posso ler Nietzsche à vontade ou não ler nada que a motivaçao é a mesma. É genético.
Parar para pensar no infinito da morte não é agradável para ninguém a não ser para mim e para o Woody Allen.
É essa consciência que fazem de nós freaks desajustados.
Aqueles que pensam no impensável.
Esse pensamento advém da experiencia e não da maturidade. Tenho a certeza que o Woody já pensava nisso em criança tal como eu.
Como tal vou continuar a pensar e a por tudo em causa até o meu corpo se cansar e dar umas férias ao meu cérebro de preferencia no Brasil dos cérebros.
Daqui a uns vinte anos portanto, estarei safa do cogito. Esse mexicano chato como tudo.
Para já, adoro viver. Sou fã da vida, de todas as coisas boas que podemos vivenciar, sentir, comer, cheirar, interiorizar. Sou uma apreciadora de tudo o que é bom e tudo o que sabe bem. Não sei se sou madura ou não, nem se quero ou vou sê-lo alguma vez.
Tenho alguma experiência de vida e pode-se dizer que começei cedo a ter que fazer escolhas significativas para o desenrolar do meu historial.
Mas a experiencia é uma coisa, a maturidade é outra. É bom ter experiencia de vida. É bom saber distinguir as coisas. Saber afungentar os palhaços tristes que empobrecem as nossas vidas. Saber que não, não vamos morrer de amor. Saber que amigos há poucos e que a familia é que nos ama incondicionalmente, independentemente de todos os nossos ataques de histeria e loucura.
Basicamente saber que quase todos os provérbios estão certos.
A experiência dá-nos poder.
Poder de controlar a vida.
A questão é que a maior parte das pessoas não quer controlar a sua vida.
Quer ser controlado e gerido por esta. Pelo trabalho, pelo frenesim do "não há tempo para nada", pela rotina dos filhos, pela acomodação. E ainda bem que assim é para muita gente, senão davam de facto um tiro na cabeça, mas é óbvio que às vezes há que fazer um shut down, uma avaliação do que se passa afinal.
Eu gosto de fazer esse reset.
Só que não é fácil. É díficil, e sobretudo muito desgastante ser-se realista.
A vida não é um mar de rosas, it has its moments, than you die.
Mas quando somos mais novos há menos issues para resolver. Daí a maturidade ou a idade adulta ser chata. "Temos" que agir em conformidade com os padrões de uma sociedade decadente, materialista, falsa, hipócrita e pouco higiénica - um aparte que me toca pessoalmente.
A experiência dá-nos então esse poder de fazer o que queremos. Para quem se sente livre para fazer mesmo o que quer é um pau de dois bicos. É como por doces nas mãos de uma criança e dizer-lhe para não os comer e depois dizer-lhe para comer brócolos que é muito melhor.
É tudo uma grande contradição. Essa contradição que me faz pensar. E nao me importo de pensar. Posso ler Nietzsche à vontade ou não ler nada que a motivaçao é a mesma. É genético.
Parar para pensar no infinito da morte não é agradável para ninguém a não ser para mim e para o Woody Allen.
É essa consciência que fazem de nós freaks desajustados.
Aqueles que pensam no impensável.
Esse pensamento advém da experiencia e não da maturidade. Tenho a certeza que o Woody já pensava nisso em criança tal como eu.
Como tal vou continuar a pensar e a por tudo em causa até o meu corpo se cansar e dar umas férias ao meu cérebro de preferencia no Brasil dos cérebros.
Daqui a uns vinte anos portanto, estarei safa do cogito. Esse mexicano chato como tudo.
7 Comments:
cogito ergo sum...
que em mexicano quer dizer "passa pracá a tequilla"
Nem de propósito. Eu aqui a estudar Nietzche para Ideias e Ideologias Contemporâneas e tu escreves este post. Não há determinismo no 'eterno retorno'. Apesar de, necessariamente, num determinado momento, se esgotarem as possibilidades, a ordem de repetição não tem de ser a mesma, as combinações são infinitas. Cada um escolhe a sua possibilidade e quando e como a quer inscrever no mundo: esta é a experiência do sentido. Ser maduro é isto e acho que tu não te safas nada mal enquanto 'super-mulher'.
Este comentário foi removido pelo autor.
E a questão não é se é ou não bom pensar. Quando pensas, pensas e pronto. Não é reversível, não se evita, não se domina. Não é um exclusivo teu ou do W.A. 'Infelizmente' para os próprios (já que pode ser paralisante e uma fonte de infelicidade, insatisfação e angústia permanentes) há mais seres pensantes. Há mais quem pense na morte desde o dia em que nasceu. Felizes os que não pensam, pois deles é o reino da terra. Quando te disse para não leres mais Nietzche, foi como se te dissesse não penses mais. Queria dar-te o botão impossível para desligares o cogito quando quisesses e para seres mais feliz.
G, olha que a primeira e ultima vez que bebi tequilla, nao cogitei nada! foi remédio santo...mas vómitei mto no dia seguinte ;)
Ra , respondo te amanha que hoje já nao estou on.
bj
pois..."vomito ergo sum" tb é um bom provérbio
RA, supermulher? I dont think so....isso é uma ilusao de quem nao me conhece.
Noa acho pensar angustiante...acho exaustivo as vezes.
O meu cogito ta sempre on ...lol
e o teu nem se fala!
Isso do " felizes os que nao pensam" é relativo..tb nascem, comem, dormem, trabalham e morrem sem consciencia de nada.
Qto as possibilidades serem infinitas ainda bem! Random madness of events! thats life!
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