quarta-feira, janeiro 31, 2007

YES...Of Course.

Ando há imenso tempo a pensar no que devia escrever sobre este assunto.
Não que seja novidade, porque já escrevi no blog antigo e já dei a minha opinião.
Mas agora, tendo em conta o referendo, e já que o estado se demitiu das suas funções habituais em que legisla, como bem lhe apetece sem dizer água vai, vejo-me obrigada a fazer alguma campanha.
O assunto é delicado e tem muitas ramificações, mas a resposta a dar é obviamente SIM.
Tenho visto alguns debates e fico chocada com a arrogancia dos defensores do NAO que se acham moralmente superiores e vivem noutro planeta.
Num planeta que não é de certeza Portugal, mas sim num Éden, como todos nós gostariamos, cheio de familias e crianças felizes.
Acho que há muita gente que não tem moral para falar de alto, a começar pelo Paulo Portas, grande defensor da vida e da religião, mas que na sua vida pessoal não aplica as suas altivas convicções.
O que me leva à questão central.
Só quem passa por uma gravidez é que pode exactamente saber a benesse ou terror que isso pode ser na vida de uma mulher.
E só uma mulher pode decidir se quer levar essa gravidez adiante ou não, sem tabus, nem vergonhas que levam a clínicas nojentas que desfiguram o interior de tantas miudas, algumas com doze e treze anos, que ficam com mazelas para o resto da vida, ou morrem mesmo.
Ninguém que defende o SIM gosta de abortos,nem acha que é algo que se faça de ânimo leve, isso é uma estupidez de se dizer.
Defendemos a educaçao sexual, a prevençao e em caso de gravidez o aconselhamento sério e sensato.
Eu tive uma filha com 16 anos e toda a gente me disse para abortar,sim porque nessas alturas a moral das "tias de cascais" vai pelo cano abaixo.
Até me telefonaram pessoas que eu não conhecia de lado nenhum a meterem o bedelho onde não eram chamadas.
Eu quis ter um filho e assim o decidi.
Foi o que senti que queria na altura e só a mim me cabia decidir.
O corpo era meu e sim, as mulheres têm o direito de se sobrepor a uma vida que é igual a uma planta ou célula.
Claro que de um zigoto virá vida, mas essa questão é puramente filosófica.
Um aborto até ás 10 semanas não é um homicidio e nao me venham falar de criançinha!
Não há criançinha nenhuma ainda nessa altura, não há uma consciencia, como tal não há crime.
Há é muitas crianças abandonadas em instituiçoes prontas para serem adoptadas, já que há tanta preocupaçao, os apoiantes do Nao que as adoptem em vez de quererem obrigar umas desgraçadas a terem filhos que não querem.
Os filhos só devem nascer se forem queridos e desejados, não para serem deitados no lixo ou serem abusados.
E se a minha filha que tem agora 18 anos engravidar, o que espero que não aconteça, porque aposto na prevençao, e decidir após grande reflexão e apoio que não quer ter um filho agora, deve poder fazer um aborto com todas as condições e obviamente sem se arriscar a ser presa.
E também não me venham dizer que ninguém vai preso, primeiro porque já aconteceu, segundo, porque a humilhação e o cadastro numa aldeia até podem ser piores, e terceiro, porque as leis sao para se aplicar, ou andamos aqui a brincar com o código penal?
Em ultima análise, eu posso pagar e ir a Espanha ou Londres fazer um aborto em segurança, o que torna isto tudo mais estúpido e injusto para as desgraçadas que já pouco ou nada têm e ainda sao forçadas por esta sociedade hipócrita a trazer mais um ao mundo cruel em que vivem.
De qualquer maneira continuo a achar que se os homens engravidassem, já haveria mais clínicas legais do que lojas de chineses.
Seria uma evolução se o Sim ganhasse.
Um passo à frente.
Pensem bem e votem...SIM.

Thinking About Life...


quinta-feira, janeiro 25, 2007

TinoniTinoniTinoni

Já se sabe que esta malta de cá tem dificuldade em passar barreiras ou esticar o limite.
Tem medo.Medo disto, medo daquilo.Muito medo.
Infelizmente Portugal é um país com piada, sem piada nenhuma, é mais piada triste mesmo.
É que dantes não eramos assim, eramos destemidos, metiamo-nos nas caravelas e iamos assim à aventura, desbravar o mundo, subjugar indígenas, uma beleza.
Mas agora temos medo de tudo.
Não se pode pisar o risco, senão...vem o coelhinho e come-nos.
Isto porquê?
Porque as pessoas não pensam, não encaixam que cada situaçao é diferente, e que há alturas em que um gajo tem que se mexer, sem pensar, sem pestanejar.
Uma dessas situações, que há muito me abala, é quando estou no carro, parada num sinal, como me aconteceu hoje, e começo a ouvir o som da sirene de uma ambulancia.
E a malta nada.
E eu a ficar com os nervos em franja a tentar desviar o carro e avançar.
E o som a aumentar.
Então é mais importante o sinal estar vermelho ou salvar o desgraçado que vai lá dentro?
Mexam-se porra!
É preciso apitar durante cinco minutos para o cérebro começar a funcionar?
Havia de ser a vossa mãe ou filha lá dentro iam ver se não cravavam estes carros de balas.

quinta-feira, janeiro 18, 2007

R&C&M


terça-feira, janeiro 16, 2007

Golden Assholes!

Primeiro nem queria acreditar, quando ouvi na radio que iam transmitir os Globos de ouro LIVE no Axn.Fiquei encantada com esta premiere.
Entusiasmada, cheguei a casa bastante tarde, mas ainda a tempo de ver a passarela vermelha e as entrevistas em directo com todas as estrelas e mais alguma.
Preparo um chazinho, deito-me na cama, começa a musica e...
Eis que...claro, como tudo o que aparenta ser perfeito, me aparecem dois aliens no écran.
Um tal de Darío - não dário, mas Darío, nome nunca antes ouvido -,especialista em cinema sabe deus de onde, e uma Liliana cujo apelido nem me lembro, mas cuja gravatinha preta será inesquécivel.
Começam a desfilar e entrevistar as vedetas e de repente sai a imagem da gala e vejo, estupefacta, um cenáriozinho improv com estes dois macacos sentados a comentarem a brisa fria de LA e o que seria o jantar da gala.
Nem as imagens passavam!Nem as toilettes!Nem as entrevistas!nada!
Começei a ter taquicardia e a mandar palavroes para a televisao.
Mas isto foi só o começo.
Quando começou a cerimónia e pensei que estas bestas se fossem calar, como já se faz no Oscars, mas não, aparece o George Clooney e estes anormais começam a falar por cima, a dizerem imbecilidades inacreditáveis, como explicaçoes sobre quem é este e aquele actor, será que pediu o smoking emprestado, e mais dez milhoes de estupidezes e traduçoes mal feitas.
É assim, quem fica acordado até as quatro da matina a ver estas coisas, NAO PRECISA DE TRADUTOR! NEM QUE LHE EXPLIQUEM QUEM É A HELEN MIRREN OU QUE O SCORCESE JÁ FEZ MUITOS FILMES PORRA!
Matem-me esta gente que não se enxerga!
Amanha vou telefonar para o Axn, e descarregar alguns dos nervos que acumulei ao ouvir:
"Jeremy Irons, um actor acima de qualquer suspeita"
"Martin Scorcese, baixo, mas um homem de armas"
"O que achas da roupa dela Dario?"
"Não achas que a Cameron Diaz está muito sorridente para quem se separou agora Darío?"
"Tom Hanks no Código Davinci, já era altura de deixar a comédia"
"Streeptease, talvez o melhor filme de Demi Moore, diz Darío o expert"
"Graças a este filme do Scorcese vai nascer um grande actor, Leo DiCaprio"

Need I say more?
Idiotas.Estragaram-me a festa.

segunda-feira, janeiro 15, 2007

P & C


terça-feira, janeiro 09, 2007

MEC! MEC! MEC!

Ontem,num dos meus passatempos favoritos, o Zapping - ainda hei de escrever um post sobre isto - apanhei um bocado de uma entrevista ao MEC.
Este homem foi durante tempos um dos meus herois. Tudo o que escrevia, o que dizia era o máximo.
Ontem comprovei, mais uma vez, o seu génio.
Como é que em tão pouco tempo ele diz tanta coisa engraçadissima e acertada?
Parece que ao ver tanta inteligência senti-me estupida e rodeada de alguma trivialidade no dia a dia.
Isto deve derivar de eu ter uma mãezinha cujo sonho sempre foi que eu me casasse com um génio literário, embora confesse que um ser superior também me agrade bastante, até ao ponto de me intimidar, tal como me aconteceu.
Eu tinha uma amiga italiana que tinha sido casada com o Pedro Paixão, de quem gosto bastante, e um dia, assim do nada, anunciou-me que ia casar com o MEC e gostava que eu fosse ao casório.
Fã dele há anos, assisti à festa timidamente, e quando chegou o momento dirigi-me a ele, e a única coisa que saiu foi um "felicidades"...
Claro que nao seria a altura ideal para ter grandes conversas, mas arrependo-me, até porque nunca mais estive com a Mirella (a tal amiga italiana) e entretanto separaram-se.
Seja como for adoro o homem.
É a prova viva de que beleza não é tudo, ou em certos casos, não é nada.
Acho-o o máximo e gostava de estar rodeada de mais pessoas com a sua cultura, inteligência e sentido de humor.

domingo, janeiro 07, 2007

C & F


quarta-feira, janeiro 03, 2007

The Deer Hunter

Para começar bem o ano, estive a rever "The Deer Hunter" um grande filme da minha infãncia -não devia ser pois não era de todo indicado para uma criança de 7 ou 8 anos, mas o meu pai levava-nos a ver o filme que lhe apetecia e pronto, e os tempos cinéfilos eram outros e ainda bem que fui-.
Certo é,que me marcou ao ponto de ter certas imagens na cabeça durante anos.
É um filme completo, brilhante, tanto simples como complexo, tal como o tema que aborda, a guerra.
Fala da ingenuidade do antes, quando os homens, que não o são ainda , anseiam pelo combate sem saber o terror e a loucura que os espera, do durante, com uma visão tão realista que doi fisicamente , do depois, na angustia de voltar à terra de ninguém, quando já não se é nada depois do que se passou e se viu.
O de Niro está, para mim, no expoente máximo, talvez o melhor papel dele a seguir ao Padrinho, o Christopher Walken tem a melhor ou pior cena do filme, para quem conheçe sabe bem do que estou a falar, e o Savage e a Meryl Streep também cinco estrelas.
Ganhou claro o Oscar de melhor filme em 1978 e a musica é linda e inesquécivel, ainda a ouço de vez em quando.
É um filme que tinha medo de rever por saber que me ia ficar a martelar a cabeça, outra vez.
Acho que toda a gente devia ver, sobretudo quem acha que sabe alguma coisa sobre guerra e tem a mania de mandar umas idiotiçes para o ar.
Talvez dê uma perspectiva do que tanta gente passou e ainda passa, sabe alguêm em nome de quem ou de quê.
Uma boa maneira de começar o ano dando valor à vida e à liberdade.