The Thin Red Line
Não me tem apetecido escrever. Também para escrever só por escrever não interessa.
A verdade é que não me pagam e quase ninguém comenta, por isso é quando calha.
Na mesma vou continuando com as minhas divagações estéreis.
Desta vez estou tão cansada que nem consigo dormir, e é nestas alturas que me dá para isto.
Fazer perguntas idiotas às paredes.
Quando era miúda só tinha certezas e a mania que sabia tudo.
Hoje percebo que não sei nada mesmo.Não percebo nada das pessoas.
Acho-as loucas.Acho-me louca por tentar entrar onde não é possível e ainda bem.
Não consigo perceber o que vai lá dentro. É um mistério, talvez o maior mesmo.
Saber o que se passa no interior de algo que nos transcende.
Se calhar por ter a mania, que já se esbate, de querer projectar aquilo que sou nos outros.
Continuo a cometer os mesmos erros, a querer que as coisas sejam como eu acho que deveriam ser.
Se eu fosse, eu fazia, eu dizia...uma bela treta.
Eu não sei o que quero.Continuo na eterna linha entre o sim e o não.
Há pachorra?Não, não há.
Uns dias, uma coisa, outros outra.
Não dá.
Tenho inveja de quem sabe o que quer.Mesmo.
Mas também tenho vontade de matar essas pessoas por serem mentirosas.
Gostava que alguém me levasse à certeza.
Esse lugar que não existe.