The Wall
Finalmente consegui ver um filme que há muito me apetecia ver.
"The Lives of Others", premiadíssimo e muito falado, poderia ficar-se por aí e ser uma fraude como tantos outros.
Mas não.
É brilhante, simples e marcante.
Trata de uma realidade escura e sombria, tenebrosa até. Fica na cabeça, embora quem viva em liberdade raramente pense na angustia de viver sob um regime opressor.
Fez-me pensar que tipo de pessoa eu seria em tal contexto. No terror de ser seguida, ouvida, controlada. Andar na rua e olhar para trás. Tudo aquilo que odeio.
Se me conseguiriam dobrar.Se eu denunciaria alguém.Se me atirava para debaixo de um carro por não conseguir respirar.
Uma realidade tão longínqua e tão absurda mas tão recente.
E no entanto, quantos de nós tendo a liberdade de fazer o que queremos, de seguir qualquer caminho, vivemos rodeados de um muro que não conseguimos saltar.
East Berlin,1984.
11 Comments:
eu tenho 99% de certeza que não me vergaria, conheço-me o suficiente para o poder afirmar, há sempre no entanto o 1% restante...
tendo visitado a RDA quando ainda era RDA sei a realidade que o filme retrata e não é nada agradável.
a liberdade também está na mente. há pessoas livres que são prisioneiras de si próprios e há pessoas presas que são livres.
Bjs
vou seguir o conselho e vou ver o filme. já tive para o ver mas ficou sempre para "outra altura".
pode ser que seja desta
Grande filme!!!Também não sei o k faria numa situação daquelas...faz pensar que nos precipitamos a julgar por vezes.
Também não sei k faria numa situação daquelas, eu que me acho uma mulher cheia de certezas e princípios.
Impressionante a nobreza do agente da Stasi.
G, desculpa mas eu se fosse a ti nao teria tantas certezas...
E sim, a liberdade também está na mente,mas não é fácil abrir essa fechadura.
tita, vê que vale a pena.É daqueles a nao perder.E se gostaste do "pecados intimos" tb gostas deste.
carlota,a Stasi gives me the creeps!
eu também nao sei.Só vivendo é que se sabe o que se faz em tempos de guerra e opressao.
bjs
eu tive de lidar com a Stasi durante breves momentos na minha passagem pela Alemanha de Leste, quando, com um passaporte diplomático, ia a entrar na RDA. o guarda da fronteira pegou no meu passaporte e telefonou para alguém. passados alguns minutos apareceu um homem que,após olhar para mim (então nos meus 15 anos) e alguma delibaração, me deixou entrar.
e sim, tenho essa certeza, mas existe esse 1%. se me ameaçassem só a mim acho que aguentava, mas se não confessasse magoavam pessoas e quem gostasse, aí sim seria mais complicado. Bjs
La vem a ovelha ranhosa!
Pois, a ovelha ranhosa, sou eu!porque não vim para falar do filme,mas para falar do que me vier à cabeça.Agora ja falaram, muito, chegou a minha vez, pois a mim, ninguém me cala.....
Cat, como e que esta?bem espero eu.E afilhota?como se encontra?
Não incomodo, mais desejo que tenha um resto de uma boa semana, e enviou-lhe um beijinho cheio de ternura.
Pinochet
P.S.-Pós Pinochet-Não ha direito, tanta coisa para isto, ia falar, coisa e tal, ninguém o cala, e por fim calou-se ele sozinho.Ganda Homem.Vai longe, vai.
G, lidar com a stasi qb!
mas pronto..
pinocha!tudo fixe?no outro dia iamos sendo expulsos nao foi?
boa semana para si tb e bem haja ;)
obviamente qb senão não estava aqui para contar provavalmente...
Cat, não vi o filme mas aguçaste a minha vontade! Vou pôr na lista dos próximos a ver...
Bjs
Eu confessava tudo. Ate' o que nao era verdade. Tudinho. Nao tolero a dor.
Outra realidade assustadora é a retratada no V for Vendetta. E essa não está assim tão longínqua...
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