Surprise!

Sempre tive relutância em colaborar com datas impostas pela sociedade.Não é que não seja giro festejar isto ou aquilo, mas continuo a achar que o amor tem que ser celebrado de forma espontânea e verdadeira, seja no dia da mãe, do pai, da avó, do piriquito, ou de S.Valentim.

Sempre achei muito mais romantico alguém preparar uma surpresa fantástica num daqueles dias em que não se espera nada e só a surpresa já é um must.

Mas a sociedade já se encarregou de estipular os dias em que devemos lembrarmo-nos de quem gostamos.

Já não há tempo para o verdadeiro romance, ou o talvez este tempo já se tenha encarregue de acabar com a paciencia de agradar verdadeiramente a uma pessoa.

Não acredito em comprar presentes por obrigação, e talvez por isso, ainda ontem me lembraram que houve um ano em que disse que não dava nada porque ele não o merecia.

Será que isto faz de mim uma grande besta?

Ter a frontalidade de dizer a uma pessoa que não dou presente porque não me apetece celebrar a relação naquele momento?

Será que mais vale ser como a carneirada que em vez de festejar 364 dias por ano com pequenos gestos romanticos, celebra um dia por ano com um presente comprado á pressa num Shopping qualquer?

Se calhar estou como aquele gajo a guiar em contramão e a achar que os outros todos é que estão a vir contra ele.